Verás aqui...

Ah... tanto mar. Tanto amor.
Sou um pedaço de vida que desperta a cada instante. Amo!
Teve um dia em que o mar levou um corpo, cheio de pensar, de achar. Neste mesmo dia o corpo escoriado nadou, sentiu, amou no mar. Viveu em mar. No corpo, agora Maria. Cheia de sentir. Muito que viver, tanto que amar. Ainda sim, cheia de pensar. Mas quando escreve, não pensa, transmite.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Benditas vovós


Uma vovó que ainda não é aquela, dos cabelos brancos. Tão pouco faz tricô no balanço de uma cadeira antiga de madeira, daquelas que range e que faz marco na memória da gente (memória de historinhas que nos contam, das típicas vovós, essas sim de cabelos branquinhos que fazem tricô, pois não as tive presencialmente – as minhas são por mais de modernas). Mas sim, ah mas sim, é daqulas que estraga! Que planta os vícios na gente, a excitação por sempre um docinho amais, a querência de um presentinho na chegada, e a tristeza raivosa de quando ela parte e nos deixa sozinho de novo, num mundo sem fadas e sapos encantados, sem os contos do arco da velha, que dá até uma vontade de vingança, “Por que ela não fica aqui pra sempre morando comigo? Por que? Por que? Vovó bestona!”.
Êita que as vovós até parecem que fazem curso. O tempo passa, as gerações vão rodando e rodando, e elas são sempre essas vovós bombas, umas mais modernas, outras mais clássicas. Ranzinzas ou meladas como um mingalzinho bem doce que até arde a garganta da gente. Mas sempre iguais, estão sempre a estragar. Estragar os projetos tão dedicados que os pais tem para seus filhos. Estragar a promessa de formação de homens e mulheres sérios e respeitosos, de linhas retas, sem muita estravagancia, pra fazer um mundo direitinho e certinho. Estragam o funcionamento da grande máquina do mundo, poxa vida! Que maldição são essas pessoinhas tão peculiares que nos contaminam com essa bendita coisa chamada Alegria!
A Alegria das vovós é tão ultrajante com são pixadores sem limites que enchem de cores nossos muros cinzas e certinhos. É tão ameaçadora quanto um banho de lama que nos deixa todos lambuzadamente radiantes. É tão perigosa quanto extraterrestres que vem para guerrear com a gente no meio da noite com tiros e explosões de bolinhas de sabão.
Não sei como ainda não baniram da sociedade essas senhorinhas tão perigosas ao futuro das nações! Abaixo às vovós, doidas varridas com essa arma chamada Alegria!

1 comentários:

Dea Conti disse...

hihihihihi... Senti-me atingida! Mas adorei a homenagem. E, lo sinto, continuarei cada vez mais uma "velhinha ameaçadora".

beijocas da mama e vovó feliz!