Verás aqui...

Ah... tanto mar. Tanto amor.
Sou um pedaço de vida que desperta a cada instante. Amo!
Teve um dia em que o mar levou um corpo, cheio de pensar, de achar. Neste mesmo dia o corpo escoriado nadou, sentiu, amou no mar. Viveu em mar. No corpo, agora Maria. Cheia de sentir. Muito que viver, tanto que amar. Ainda sim, cheia de pensar. Mas quando escreve, não pensa, transmite.

sábado, 25 de julho de 2009

Dia Fora do Tempo




Um alívio por não ter compromisso com o tempo. Um dia inteiramente para dedicar-se ao que não é tempo, ao que é Tudo, o Tudo de tanta imensidão que permeia até o tempo. Mas, por algum motivo, em dia comuns, que não o de hoje, o do fora do tempo, optamos quase que sempre pelo tempo. E dentro do tempo, acrditamos absolutamente que só o tempo há, e corremos, cansamos, nos contorcemos para dar conta de amparar o sentimento de falta profunda pelo Tudo, que dentro do tempo achamos que nada do Tudo há.
Ufa, hoje não há tempo. Há só chuva fina e fria, amizade profunda, almoço de inverno, passeio no bairro, filme com pipoca, chá da tarde, papo de elevador, poesia e trabalho bom.
No dia fora do tempo se renuncia a algo, é ano novo, é uma nova vida. Renunciaria ao tempo, se já soubesse fazer. Renunciaria à guerra se já soubesse sustentar a paz. Renunciaria a todas as máscaras, se já tivesse identificados todas as muitas. E de fato renunciaria ao medo de renunciar a tudo isso.
O que posso então firmar renúncia é da vontade de parar diante do tempo, pois é só pelo tempo, meticulosamente estudado, que aprendo a tirar de si o melhor proveito e assim o dissolver em Tudo para nele assim também o ser.
Grata ao tempo por seu elevado teor em maestria, impassível professor da impaciência e sábio mantenedor dos ciclos de vida-morte-vida.

3 comentários:

Dea Conti disse...

Pois eu quero tempo... Tempo para consertar as coisas, para atenuar ou, quem sabe, anular o peso das palavras que não deviam ter sido ditas... Quero tempo para entender o tempo e, só então, superá-lo, esquecê-lo.

Eu te amo, com ou sem tempo.

Prem Madhuri disse...

E eu te amo por ter me dado ao tempo. Aida que me agarre a ele (no duplo sentido que essa frase pode ter, hehehe)

Anônimo disse...

Mary querida, resolvi deixar um recado para dizer que entrarei mais no seu blog, um jeito certeiro de te encontrar quando o presencial não tiver muito à mão. Beijos com amor, Oli.