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Ah... tanto mar. Tanto amor.
Sou um pedaço de vida que desperta a cada instante. Amo!
Teve um dia em que o mar levou um corpo, cheio de pensar, de achar. Neste mesmo dia o corpo escoriado nadou, sentiu, amou no mar. Viveu em mar. No corpo, agora Maria. Cheia de sentir. Muito que viver, tanto que amar. Ainda sim, cheia de pensar. Mas quando escreve, não pensa, transmite.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Marisa (Monte),

Esta noite assisti ao seu documentário na GNT. Foi um primor. De produção, de texto, e de como soava a sua voz. Diferentemente de como tão bela ela soa em suas canções. Mas, antes, digo da maturidade com que ela se apresentava.
Fiquei realmente emocionada. Impressionada e encantada. Encontrei-o, o filme, entre mudanças últimas de canais quando me preparava para subir ao quarto e realizar as ações que finalizam um dia cotidianamente. Mas hoje fiquei, quase que totalmente incômoda num banquinho de bar da cozinha, ouvindo tudo o que você teve para me falar. Não foi exatamente para mim, mas agradeço como se tivesse sido. Ou, e, na verdade foi. Foi para tocar o coração de alguém, não foi? Pois tocou o meu.
Durante o documentário havia uma sensação doída, triste e quase amarga entre meu peito e meu estômago. Já te explico, pois sei exatamente a razão e procedência dela, que é uma dor de não me sentir realizada, na fluência da arte, no encontro com a vida, assim como você mostra saborosamente em sua vida, suas músicas, sua voz, seu filme. Doía pois, talvez, eu quisesse ser um pouco do que você é. Doía pois queria cantar como você canta. Sei, e já muitos me disseram, que minha voz é um dom, que tenho um bom ouvido musical. Então é aí que dói. Ele está latente, nunca soube e talvez nunca saiba fazer bom uso dele no mundo, curar ou agraciar ouvidos e corações a que lhe cabe, o dom.
Junto com esse dom estão outros, o de escrever uma bela poesia, sincronizar palavras em cascata de uma mente turva, para que caiam num belo texto. Assim como esteja a fazer agora.
Finalizo contando que ao final do filme, somado à dor e a tristeza, quis muito te agradecer, oferecer mesmo, com todo coração, a minha gratidão por querer profundamente, esta noite, soar beleza em minha alma, cantar beleza aos meus anseios, contar beleza aos meus pares e descer beleza, como cascata de uma mente turva, palavras que não se esperam, são apenas encontradas quando postas num papel. E assim, o coração sorri. Agradece por ter sido chamado.
Grata, Marisa, por ser poeta e compartilhar com o mundo, ser um lindo pássaro e cantar a toda gente, ser grande exemplo de vida e maturidade.
Receba o meu amor,

1 comentários:

Dea Conti disse...

Pois você deveria dar asas a essa sua... vocação. Eu já a ouvi cantar. Improvisado, lindo, com propriedade. Um dom, sem dúvida. Me gustaria mucho!

te amo