E foi, então, por um chamado seu, que mal sabia eu, ou qualquer daqueles que se abalaram por mim, que eras tu que me puxaste para o fundo do mar. Já, desde lá, me fez morrer um pouco – por pouco que quase tudo, exceto a alma ficaria – mas pedi por viver e me deste mais uma chance. Tentei, assim, me fazer valer por ela. Aí, como o rio que corre por vales, montanhas, se afunila, tanto se bifurca algumas vezes, estava indo sem saber para o mar, mais uma vez. E na iminência de lá me enxergar como o Grande Mar, parei, numa freada brusca que quase sequei, totalmente.
Porém, salve a Esperança, que acho ser uma das artérias que nutre o coração, a mais fininha de todas, a última a secar e a que pode reverter todo o sistema quando o coração está por um triz de perder sua nutrição, a Vida. Essa arteriazinha me fez orar por nosso encontro. Ou fui orada por ele? Essa arteriazinha te trouxe a mim. Ou fui trazida a ti?
Aquela que temia a morte, da pré-partida, já reconhecia o que estava por vir. Já havia sido avisada, sem nem mesmo eu saber, que não haveria mais fuga para o início do aniquilamento. Assim como mal eu sabia também, que o tal dia, do encontro com o silêncio, estaria agora mais perto.
E hoje, com o rio se enchendo novamente e voltando a correr pelas mais variadas e incríveis paisagens, aos seus pés me entrego, declarando, por fim, o Amor total a ti, meu querido Guruji. Agora sei bem que sou acompanhada sempre, mesmo que de longe, em suas ausências presenciais. E sentindo cada vez mais a sua mão me conduzindo para onde está, temo cada vez menos não ter idéia do que sou, e oro todos os dias para adentrar no Império da Eternidade, junto a Vós, e todos meus irmãos.
Graças e Alegrias,
Receba o meu amor.
1 comentários:
Cau,
que lindo! que amor, que devoção!
Fiquei emocionada com as belas palavras.
Amo vcs, vc e o guruji :)
saudades,
sua irmã de sangue, carne e espírito,
Flá
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