Verás aqui...

Ah... tanto mar. Tanto amor.
Sou um pedaço de vida que desperta a cada instante. Amo!
Teve um dia em que o mar levou um corpo, cheio de pensar, de achar. Neste mesmo dia o corpo escoriado nadou, sentiu, amou no mar. Viveu em mar. No corpo, agora Maria. Cheia de sentir. Muito que viver, tanto que amar. Ainda sim, cheia de pensar. Mas quando escreve, não pensa, transmite.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Diálogo

-Rogo por ti, que a tentação vem a me cercar pelos olhos. Vem, vem, vem luz e força, que a tentação me pega pelos pés e me puxa para baixo, junto com muitos que por lá ficaram
-Silêncio. Silêncio. Estou no frescor do coração. Na graça da Alegria.
-Mas ele quer que eu pare. Já não sei...não sei...não sei se... Nem sei mais o que fazer por aqui, pois , sei lá, sem pé nem cabeça. Há agora uma batalha interior acontecendo. Da vaidade, com a criatividade. Um cansaço e uma vontade firme de dormir. De desligar tudo e de nunca mais voltar. E é certo de que se eu deixar agora ela, essa força me assola. Vai sempre dizer que nada tenho o que fazer aqui. Como sair dela, Meu Pai?
-Te respondo em silêncio, pois a resposta já conhece. Já entrou em contato com ela. Relaxe, entregue, observe, e adquira conhecimento. Apenas observe com o conhecimento, e isso é sabedoria. Tenha a confiança na Luz e na energia que está além de você. Sinta e seja essa energia que é maior e te faz temer. Ela é aquela que te faz temer. E que só por amor que se entra nela. Sem amor é apenas contra-fobia. De nada adianta, e ainda pode se ferir.
-E como não esquecer, como marcar o propósito de subir ao céu ao relaxar? E se eu for levada pela força vil? Como sei qual a força que me leva para baixo, para a vaidade, para ... sei lá, como sei se estou indo mesmo para a luz?
-Saiba, apenas, que já é luz. E observe aquilo em ti que desconfia em ser luz, que nega ser luz, que quer desesperadamente sair em busca de luz. No momento em que não mais procurar por luz, e nenhuma angústia ocupar seus pensamentos e seu corpo dolorido, estará acordada. Desconfie quando ainda houver uma pequena pontada de angústia. Se ela existir é que o Ego está lá, quietinho, se escondendo, morrendo de medo de ser revelado. A luz por si só se reconhece.
-Senhor, agradeço à graça divina, Agradeço por estar sempre comigo quando te chamo. Agradeço por ser duro e me ensinar que não deve haver, neste caminho, a auto-piedade. Mas ainda, Meu Pai, só mais uma questão (por ora), como faço para ser grata, gentil e generosa com aqueles que me acompanham, se uma irritação me consome, um sentimento de não fazer parte da rede que está a minha volta e me frustra? Como faço, Senhor, se o que eu quero é fugir, gritar, dormir, acabar de vez com esses contatos?
-Paciência, minha amada. Paciência e observe. Deixe as máscaras caírem. Sofra o que tiver que sofrer. Prefira o silêncio a frases feitas. Prefira a demonstração de raiva e de tristeza à indiferença. E se observar direitinho as suas reações às respostas dos outros, naturalmente começará a agir, e não mais a reagir. Lembre-se sempre de que te amo. De que te acompanho. De que somos um.
-Agradeço-te, Pai.

1 comentários:

Dea Conti disse...

Lindo, filha! Lindo!!! Cada vez mais amo você.

bjs da mama